Falsidade e Hipocrisia

 A falsidade é uma praga em alta numa sociedade, que parece estar organizada para transformar e deformar o carácter das pessoas, muito mais do que o enaltecer.
Vale tudo realmente, para sermos vistos como aquilo que não somos?
Vale o preço da desonra quando somos descobertos pelos nossos sentimentos hipócritas e mentirosos?
Vale a mentira e a simulação?
É possível sim, identificarmos se alguém mudou realmente ou apenas se revelou na sua mais pura e essencial personalidade, e a maneira de fazermos isto é convivermos.
Santo remédio a convivência que desmascara a hipocrisia, numa determinada hora e local indeterminado, mas que acaba sempre por acontecer.
O hipócrita vive sempre a duvidar que em meio a uma tempestade possa um raio cair exactamente sobre a sua cabeça. Isto pode ser muito difícil, mas descobrirmos que aquilo que ele fala e o que não faz, com certeza é um risco certo que todo mau carácter corre.
Ficaram também muito mais pegajosas, escorregadias, incertas, dissimuladas e imprevisíveis a maioria das novas e recentes histórias de amor, pois, infelizmente, já não se fazem mais Romeus e Julietas como antigamente e algumas famílias não tratam mais de defenderem a honra de coisíssima nenhuma!
O primeiro dever na vida de muitas pessoas tem sido a de ser o mais artificial possível. O segundo? Também.
Porém, os riscos de uma conduta hipócrita são evidentes.

Dá muito mais trabalho não ser o que realmente somos, do que nos colocarmos peito aberto em qualquer situação, sem máscaras, disfarces e preocupações exclusivamente, em sermos verdadeiros e acima de tudo, com nós mesmos.

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